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segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

livre de espirito


aqui onde me pego pensando,
nos mais sórdidos dias,
aqui onde a calma já me mata,
onde tudo passa sem pressa,
onde o tempo não faz diferença,
é onde me apetece o juízo,
é onde sinto uma presença,
em jaz funestes minha alma,
na longingua linha do horizonte,
onde corvos voam rasantes,
onde tudo torna-se dissonante,
destoa-se as cores dos olhos,
e pálida torna-se a figura,
em fúnebres tardes celestes,
de celeste tinge-se meu pranto,
aqui onde pego-me pensando,
em tarde e noites,
infância,
aqui em lapide cravado,
pagando a dor da penitencia,
e livre se vai em espírito,
porque refletiste enfim,
a lágrima celeste que molha meu rosto,
revela a chegada do fim.

Rafael Monagatti

sábado, 25 de dezembro de 2010

25 de Dezembro


votos de felicidade,
um amor indescutivel,
traz um sucinto grau de sinceridade,
de amores dispersos,
minha alma se forma,
de seu sorriso se faz meu presente,
e de esperança meu futuro,
tenho meus dias de alegria garantido,
ao teu lado encontrei a paz,
e na vontade de fazer encontrei teu rosto,
um beijo com cheiro de almíscar e sabor de hortelã,
te amo mais que ontem e menos que amanhã...

amor feliz aniversário tai o meu presente para o mundo ver...
Te amo muito...


Rafael Monagatti

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

apocalipse


o Apocalipse de minha alma,
se dá com um gosto amargo na boca,
acontece entre a multidão,
entre desfile de nações,
quente como a emoção do reencontro,
forte como a pulsação do meu corpo,
minha revelação de dias,
meu livro perdido, meu sudário,
meu santo sacrifício,
meu martírio dado entre doces cordeiros,
meu Apocalipse de gosto metálico na boca,
de emoções perdidas, de distintos pensamentos,
de curas e salvações ,
de menções honrosas e de vida tortuosa,
meu doce Apocalipse tem espessura densa na boca,
de artérias rompidas e doenças distintas,
ele aconteceu durante toda a minha vida,
nas golfadas de ar,
nas tristes partidas, a cada dor, a cada despedida,
me enrigesso e passa o tempo,
onde o restante é lembrança e lamento,
meu Apocalipse tem um gosto doce gosto na boca,
de quem vivia como queria.

Rafael Monagatti

domingo, 19 de dezembro de 2010

07 coisas

bem estou aqui para responder ao um desafio feito pela Laura de lágrimas de um anjo http://docetortura.blogspot.com... pois eu aceito afinal não sou de fugir da raia.
desafio dos 7

07 coisa para fazer antes de morrer:
*lançar meu livro, já tenho 2 praticamente prontos mas sem editora,
*chegar a um cargo de gerência dentro do grupo pão-de-açúcar.
*fazer um faculdade de marketing,(amo vender)
*e outra de filosofia(amo escrever)
*ir a Itália (minha terra mãe)
*conseguir atingir mil seguidores no meu blog, rsrsrs
*largar o vicio(para ontem)

07 coisas que eu mais digo:
*bala de troco(quando a mercadoria da loja é de procedência duvidosa)
*ta.(sempre uso quando não quero discutir)
*nunca mais( minha mulher que disse)
*não vou fazer mais(difícil é fazer)
*desculpa (afinal ainda peço)
*chip hendrix (produto bichado)
*chora me liga (quando me chamam)

07 coisas que eu faço bem:
*vender(afinal vivo disso)
*ser pai(diga o que quiser mais isso faço bem)
*cozinhar (minha mulher adora)
*escrever (eu não me gabo mais gosto de quase tudo que escrevo)
*omitir (escondo ate de mim as coisas)
*fugir de discussão (odeio ter que ficar discutindo relação)
*falar (falo pelo cotovelos)

07 defeito meus:
*mentir (é necessário)
*adiar compromissos
*horário (tenho sérios problemas com horário)
*não gosto de receber ordens (tenho problemas com hierarquias)
*vicio (mil vezes)
*arrogância
*prepotência

07 qualidades
*relativamente calmo
*despreocupado (ate demais)
*liderança (sou líder nato)
*influencia (consigo mudar pensamentos)
*não esqueço fácil (as coisas que me fazem)
*tolerante (aguente das 9 as 20h na loja atendendo)
*rio fácil (que dirá o welligton na loja)

07 coisas que eu amo

*meus filhos e esposa
*raul seixas
*carlos castañeda
*meu espaço
*meu trabalho
*meu time (São Paulo)
*meu sobrenome Monagatti

desafio aceito mais como é difícil falar sobre nos mesmos...

imperceptivel


eu sou aquilo que não se pode tocar,
eu sou o que o tato não pode sentir,
eu sou aquilo que não tem sabor,
o que o paladar não pode provar,
eu sou aquilo que não se pode ouvir,
o que os ouvidos não conseguem captar,
eu sou aquilo que não se pode cheirar,
o que as narinas não podem farejar,
eu sou aquilo que se pode olhar,
o que os olho não conseguem enxergar,
simplesmente sou o que você quer todo dia,
mas não consegue perceber,
no fundo, no fundo, eu sou você.

Rafael monagatti

Os misterios da vida


sei que escrevo.
sei que leio e entendo.
sei que a maioria não entende,
sei que só entenderam no futuro,
é confuso.
mas o futuro é o presente do passado,
talvez não possa me expressar para muitos hoje,
mais como os homens passam (e sinto que estou passando),
as letras ficam.
deixo meu nome na alma do mundo,
mesmo mudo minha voz já é ouvida,
o que explico é apenas as perguntas jogadas no tempo,
para mim tudo passa muito rápido,
e não tenho mais tantas descobertas com os homens,
já sei da minha verdade,
eu sou meu deus e meu caminho,
não consigo mudar o mundo,
apenas consigo influenciar meu ambiente,
eu sou meu deus,
sou consciente da minha morte,
eu sei que curto é o sonho da vida,
eu sei que outras vivências viram,
eu sei que não preciso agradar a ninguém,
eu sei que tenho que viver aqui como quiser,
e só fazer o que eu quiser,
sei que daqui não levarei nada,
pra que dinheiro e todo o resto,
o meu destino é a morte,
e não vejo a hora dela chegar,
e finalmente descobrir o mistério da vida.

Rafael Monagatti

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Necro-Poema


flores, sinto o cheiro de flores,
sufocando meu peito com esse doce aroma,
na pálida cor de meu rosto, vejo teu peso,
e quão dura a tua chegada na gelida cama que me destina,
a morada de sonhos incompletos,
sou o humano em seu penar,
na prova plena de tua força,
na altivez da luz fosca,
onde a minha âmbar não mais brilhará,
flores carrego sobre o meu peito,
onde se faz impossível a respiração,
por razões sórdidas me encontro aqui,vida,
pequena fagulha extinta nesse mármore,
repleta de lavas e musgo,
o cheiro das flores cessou,
restou apenas o fedido odor de podre,
que exala desse objeto inanimado chamado corpo,
decomposto pela solidão,
degenerado pelo tempo e esquecido em um frio sepulcro,
e ainda assim lembro-me das flores de minha vida.


Rafael Monagatti

sábado, 27 de novembro de 2010

outrora


vagas lembranças de outrora,
vagas lembranças de tempos,
onde tudo era por fim,
onde não havia tormento,

onde deitava minha'lma
onde havia sossego,
vaga agora minha paz,
vaga sozinha em meu peito,

choro por não ter mais um dia,
choro por não ter conserto,
sem mais um sorriso,
apenas o sucinto momento,

continuo vagando entre os mundos,
mudo,na dor de minha'lma,
continuo por haver esperança,
já que a vida não se acaba.

Rafael Monagatti

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Mascaras


todos temos algo escondido,
escondemos de nós, o verdadeiro eu,
sob a mascara do cotidiano,
pensamos ser melhores que os demais,

escondemos a nossa premissa de vaidade,
o nosso orgulho ferido de sermos medíocres,
sob a face de alegria escondemos a dor,
o fúria entre sorrisos, tolices,

temos mascaras de diversas formas,
retratadas em formas de sentimento.
temos o ciume e a obsessão,
enfeitados sob o nome de amor,

mascaras que nos faz viver,
mascaras que nos protegem de nós,
somos feitos de sentimentos,
somos feitos para fingir,

não fingimento falso,
aquele só tende a enganar,
o fingir de guerrilha,
criado para sobreviver.

Rafael Monagatti

domingo, 21 de novembro de 2010

eu morri


foi em uma quinta-feira,
onde crianças brincavam na praia,
foi em um dia frio de denso nevoeiro,
onde minha alma vagava sem lar,

morri por não viver em paz,
morri por não ver a calma,
morri por que morro todo dia,
morri de respirar a liberdade,

não vejo mais as crianças brincando,
não tenho mais um fio de esperança,
meus sonhos, pobres sonhos,
de minha alma achar um lar,

quero respirar a liberdade,
quero desarmar meu coração,
mais um suicida dentro de mim,
me atira para a escuridão,

quero descansar nesse meu coração,
nesse sepulcro frio de denso nevoeiro,
onde apodrecem meus sonhos,
onde eu morro em pensamento...

Rafael Monagatti

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Furacão


busco atar minhas ações com emoções,
busco andar de acordo com teus acordos,
cansei de andar buscando os olhos alheios,
cansei de buscar a luz de seu caminho,

penso em fazer na minha vida tempestade,
porque de calmaria minha alma farta esta,
quero ser tempestade de desejos,
para seu coração que é puro e ingénuo,

busco ser recordações em noites insones,
busco ser um tiro certo na maçã do amor,
mas cansei de errar o alvo do destino,
cansei de buscar teus olhos em uma luz alheia,

penso em fazer meus dias furacão,
porque de força e fúria sou formado,
quero ser furacão em meio a humanidade,
para seu coração que não tem mais esperança.

busco ser aurora para manhãs de tristes sonhos,
busco ser o brilho para olhares sem perspectiva,
cansei que a pedra a ladrilhar o seu caminho,
cansei de ser pisado por teus pés descalços,

penso em me atirar para longe dos teus braços,
porque me sinto sufocado em teu peito,
quero ser elemento da natureza má,
para varrer em ventos toda sua pureza.

Rafael Monagatti

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

células de pensar


seca-se o mar, a saliva da boca seca,
os olhos seguem rumo ao nada,
vira-me a cabeça em desatino ao meu querer,
um querer insólito e nebuloso,
uma fulgura para minha vista,
um dia para minha vida,
continuo parado onde tudo não passa,
onde vejo meus ossos num espelho d'agua,
onde seus olhos não me alcançam,
fujo da sua sombra e de tua não,
fujo para onde não possam me alvejar,
corro em disparada rumo a colina verde,
para me atirar no penhasco de minha'lma,
seca a saliva, em temor do que vem,
sou o vicio de milhões de células,
sou a resposta para a pergunta inexistente,
sou a colheita, sou a lavoura, sou a praga,
por isso fujo, para onde não me vejam chorar,
onde nem as águas da chuva podem me alcançar,
corro ate a colina verde onde virão me sepultar,
por que sou o vicio de milhões de células de pensar.

Rafael Monagatti

domingo, 14 de novembro de 2010

a minha eternidade são os ouvidos


A eternidade é diretamente ligada a historia,
a escrita faz parte do homem,
mas só vale enquanto houver a humanidade,
ou enquanto as pessoas lembrarem seus passos,
é o passado que não passa,
é o presente que não se acaba,
é um sonho, é um mito,
que vague pelo mundo minha'alma se estou mentindo,
posso não ser a perfeição,
mas entendi que o corpo é ilusão.

Rafael Monagatti

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

egocentrismo


eu quis ser uma luz em meio a escuridão,
descobri que meu brilho já não tinha a mesma força,
para iluminar o quarto escuro da minha cabeça,
eu que me achei uma gota em meio ao oceano,
descobri que não passo de uma gota de orvalho,
caída das folhas de uma planta qualquer,
eu quis ser um diamante,
descobri que sou apenas um cristal,caído e quebrado,
aqui trancado dentre quatro paredes,
quatro paredes do inconsciente,
não consigo mais sentir o cheiro das flores,
das flores que moram no jardim,
no jardim da minha mente,
inconsequentemente deixo a vida fluir e me destinar,
ao destino inevitável do meu ser,
aprendi com minha escuridão,
que os fantasmas da mente te carregam pelos ares,
te mostram que a fronteira do abismo esta a cada
respiração mais perto.
como posso esperar do amanhã se é no hoje que tudo acontece?
eu quis ser uma luz na escuridão, que apagou-se,
e talvez não brilhe mais...

Rafael Monagatti

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Erros


não eu não te culpo,
a infelicidade eu assumo,
só estou colhendo o que plantei,
sozinho eu entendo, enxergo meus próprios erros,
mais é tão comum errar,
e é por isso que me sinto assim,
com meus erros aprendi,
e com eles eu perdi,
um pedaço que não vai mais se juntar,
pode ser que sim, que vai me perdoar,
pelo que fiz a você,
as mentiras que inventei,
o que nunca aconteceu,
as verdades que omiti, daquilo que se escondeu,
é o seu retrato que não sai da cabeceira,
e minhas lágrimas molham quando me ponho a lembrar,
dos planos que sozinho tracei,
e mais uma vez eu errei por me lembrar,
acho que foi isso, e por tanto te amar,
mas com o orgulho não podia declarar,
que quase sempre estou errado,
mas não foi assim que agi no tempo,
agora vejo como estou sofrendo,
com meus erros aprendi até demais,
que nem tudo posso corrigir,
que existe uma vez...
aceito os meus erros em um pouco mais,
só não se culpe por mim.

Rafael Monagatti

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

NÃO


o NÃO palavra de 3 letras para te segurar,
uma das primeiras palavras que aprendeu na sua existência,
e como um elefante memorizou,
ele com seu bruto tamanho, só fica preso a um graveto,
porque quando pequeno era uma árvore que o segurava,
e você? fica preso por que?
com medo de NÃO agradar a Deus, já deixou de cometer pecados?
NÃO.
com medo da sua imagem, já deixou de cometer loucuras?
NÃO.
e quem dita as regras? você já aprendeu a dizer NÃO a elas?
será que já tem a resposta, a resposta da pergunta que eu ainda NÃO te fiz?
NÃO.
e quando eu perguntar será que saberá me responder? NÃO.
eu te asseguro, o pensamento é a marreta que derruba o muro,
e você tem medo de usar, com medo de NÃO agradar á ninguém.
então deixa de pensar e passa a viver como lhe ensinaram,
com o NÃO, NÃO faz porque NÃO sabe, NÃO constroi porque NÃO quer,
e o que cada um quer, é pergunta?
e a resposta será um NÃO sei,
por medo de NÃO acertar, deixará tudo errado?
por medo de destruírem, deixará tudo parado?
por medo de morrer, NÃO viverá?
e porque ainda tento abrir os olhos?
por ainda quero enxergar.

Rafael Monagatti

terça-feira, 26 de outubro de 2010

ALMAS EGOISTAS


deposito em meus dias a esperança,
perdida entre lágrimas e risos,
meus sonhos rasgados por palavras cortantes,
entre dias de pouco esperança e sorrisos dispersos,
vago na alma do mundo a procuro de sinais de gloria,
penso em atirar no abismo formado de querer,
no absinto de desejos e lamurias,
na magnitude dos meus braços,
não alcanço a tua presença,
nem no canto de minhas palavras toco a tua face,
deposito em meus dias a esperança,
que em tua breve existência tenha alegria,
e que no jubilo da minha paz possa encontrar a paz,
que em dias de pouca luz seja o teu caminho,
sei que egoísmo de minha alma é te querer,
sei que o egoísmo de minha alma é pensar em ti,
mas egoísta sou porque te quero,
E CONTINUO AQUI DEPOSITANDO EM MEUS DIAS A ESPERANÇA,
por que acredito no amor maior...


Rafael Monagatti

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

ENTENDER O AMOR


eu queria saber dizer o que é o amor,
mas não tenho palavras,
será um eclipse lunar?
ou a volta de um girassol,
uma explosão de sentidos, ou,
um querer sem sentido,
uma busca sem procura, ou,
a vã sanidade do viver,
é ter e querer mais,
é não ter e querer bem,
não sei, procuro palavras para saber,
o que é o amor.


Rafael Monagatti

PEDAÇOS


hoje, juntei os meus pedaços,

recolhi os caco do meu eu,

tentei tirar de mim o que de você ficou,

tentei e não consegui,

tirei as más recordações ,

tirei as nossas discussões,

o que ficou em mim?

um grande pedaço,

ficou em mim o amor,

quando montei meu coração,

vi o quão vazio estava,

faltava algo, faltava um pedaço,

um pedaço que não vai mais se juntar...


Rafael Monagatti

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Amalgama


mistura-se entre as pessoas,

com cores de jasmim,

mistura-se entre as multidões,

perde-se dentro de mim,


amalgama de sentidos,

amalgama de paixões,

ciumes para de ser tão doentio,

ciumes parte o meu coração,


diga-me o que sente,

sente sem me dizer,

parte pelo meu mundo,

sozinho parte de mim,


e caminho entre as multidões,

amalgama de querer,

e caminho sem destino algum,

amalgama de sofrer,


quero o que quer,

sinto o que sente,

amalgamas de almas,

amalgamas de paixões,


e sem mais dizer,

e sem mais tentar,

sem mais fugir,

amalgama é o amor.


Rafael Monagatti

terça-feira, 19 de outubro de 2010

para, por e pra você


se falhei não foi por mal,

eu não queria te fazer sofrer,

já que errar é natural,

junto as pedras pra fazer um castelo para você,


se chorar é tão normal,

enxugo as lágrimas pra poder te ver,

não penso em ser trivial,

o que eu queria era estar com você, sempre,


se um dia eu voltar,

abra a porta para me receber,

se for para ser,

quero que seja com você,


um dia para escolher,

e uma vida pra tentar,

um beijo para amar,

um olhar para apaixonar-se por você.


Rafael Monagatti

domingo, 17 de outubro de 2010

Costumes


acostumei-me com o seu silencio,
com o seu olhar perdido,
vagando entre as pessoas,
buscando uma espera,
pensando em que procura,
procurando o que pensar,
acostumei-me com o mistério que mora em seus lábios,
com as suas palavras,
com a serenidade de sua alma,
com a sua calma,
acostumei-me com a sinceridade de seus atos,
com todos os fatos que nos relatam,
acostumei-me com essa monótona solidão,
com a rotina do seu não,
acostumei-me porque?
não vale a pena chorar pelo silencio de um olhar.


Rafael Monagatti

A grande obra


diamantes não saem da lama esculpidos,

nem o ouro se entrega ao mineiro,

jades e rubis tem árduo trabalho ate virar gema,

nem o vinho sai da uva pronto,

difícil o tempo do joio e do trigo,

são nove meses até nascer um filho,

quanto tempo pro mar virar deserto,

uma vida para saber o que é certo,

as grandes obras demoram,

as belezas também,

que dirá a natureza que esculpe a pedra com agua,

e o coração com palavras,

tem paciência para esculpir o diamante???


Rafael Monagatti

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

As tardes


passa as tardes , insones noites,

refugio-me em minha'lma,

sobra no peito um vazio,

me alivio em lágrimas,

penso em seus olhos,

logo me escondo do que me acalma,

tardes de luto, de amores difusos,

em que me encerro,

vejo um poço de fundo desprezo,

e me deparo de frente ao espelho,

não tenho sonhos,

não tenho tempo,

tenho apenas o vazio no peito,

sem mais as tardes,

sem mais tormentos,

não tenho alma, só sofrimento,

e deixo seguirem os dias,

que passem as horas perdidas,

já que a muito perdi o refugio que em mim havia.


Rafael Monagatti

domingo, 19 de setembro de 2010

Ancoradouro


vai a nau a deriva na amplidão do navegar

solta como botes sem vidas a salvar,

entre ar recifes de corais,

entre barreiras intransponiveis de passar,

vai a nau em pleno entardecer,

a deriva no mar de solidão,

sem ancoradouro, sem um coração,

na maré vazante que se esvai,

entre a lua que modifica seu rumo,

entre fortes ventos, entre os naufrágios,

entre os assaltos de piratas e cantos de sereias,

vai a nau a deriva na solidão do mar,

no refugio onde homens ficam soltos em seus sonhos,

onde crakens, os atacam com tentáculos,

com sua fúria destroça os sentimentos,

onde não importa o fim ou o começo,

onde tudo se ilumina com a lua,

vai a nau a deriva na amplidão desse mar,

que se chama solidão.

vai a nau em destino ao seu porto,

seu destino é um ancoradouro,

um cais seguro para uma nau a deriva.

um ancoradouro para esse coração.


Rafael Monagatti

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Sociedade do poeta morto


morre por amor, morre por solidão,

morre por saber dizer, morre pelo coração,

morre por viver a vida, morre pela a intensidade,

morre por não saber negar, morre pela vaidade,

morre por sucumbir a dor do desprezo,

morre por não esquecer, morto se entrega ao leito,

morre poeta morre,

porque tu é feito de palavras,

morre poeta morre,

porque quanto mais triste mais bonito soa,

morto o poeta vive,

vive no coração de quem te leu,

morto o poeta vive,

porque de tu ninguém se esqueceu,

quem da poesia é feito, como eu,

na dor encontra o seu refugio,

quem morreu como eu,

nasceu poeta nesse mundo.

agora entendo porque o poeta vive pouco,

agora entendo que um poeta vive intenso,

viva caros poetas,

e assim construiremos nossa sociedade,

uma sociedade de poetas mortos,

pois quem como eu, morreu nessa vida,

nasce poeta para expressar a dor da ferida.


Rafael Monagatti

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Messias


vi nos olhos dele a vida,

e na luz de suas palavras inspiração,

ele é o lampejo para meus pés,

e o caminho para a vida eterna,

a salvação para minha'lma,

é o meu refugio em tardes de melancolia,

e em noites inebriadas,

meu escudo e meu bloquel,

minha inspiração para palavras de alfazema,

minha alma aqueta-se no clamor de seus cânticos,

e na serenidade de sua morada,

sem discórdias nem arrependimentos,

apenas calo-me perante a luz de seus olhos...


Rafael Monagatti

Olhos na escuridão


Traz o brilho da manha,

devolve a minha luz,

ilumina minha curta passagem aqui,

faça valer a pena o sorriso que desfalece,

diga-me adeus, mas deixe sua marca,

viva um minuto na eternidade dos meus olhos,

sonhe meus desejos e deseje meu mundo,

não fuja de mim na madrugada,

não me perca ao meio dia,

tenho muito a lhe mostrar,

como sorrir entre lágrimas,

e de desespero lamuriar,

nunca esqueça a luz dos meus olhos,

pois um dia te guiaram na escuridão de tua alma,

sou dia de pouco calor,

sou noite de névoa macabra,

anjo caído na terra,

sou fogo de eterna fornalha,

traga de volta a tua luz na manhã,

que vence a escuridão,

faça milagres em mim,

me deixe beijar tua mão.


Rafael Monagatti

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Sorrisos ludicos


corta o peito em brasa fere,

como espada de dois gumes,

semeando paz e amor,

ferindo o peito que tanto te quer,

entre sorrisos lúdicos,

em face doce,

mostra-se doce em sua defesa,

segurança de um peito de aço,

gesto esse que um dia será feito,

nem dentre a luz do encanto,

quando se espera um sorriso,

surge do despertar um beijo,

com reações impensadas,

de desejos reprimidos,

a face do abismo revela-se,

e induvidavelmente me atiro,

nem luz e sombras,

apenas o som de sibilar de lábios,

entrego-me ao momento,

a eternidade de uma vida,

na esperança de um beijo.


Rafael Monagatti

Entre o deserto e a solidão


A solidão é como o deserto,

de dia te escalda a alma,

a noite congela o coração,

te faz ver miragens de oásis,

e visão de tamareiras,

nela passam caravanas,

mercadores de sonhos,

medjais que lutam contra riscos,

assaltos e guerras de clãs,

corpo e mente,

nela vemos as mais belas estrelas,

e o solo mais árido,

que embora com sua escassez de carinho,

ainda cria os mais puros sentimentos,

a solidão que mata como o deserto ao meio dia,

com uma rápida desidratação,

sem dor, apenas uma vontade de ser manter inerte,

quando encontra uma paixão chega ao oásis da alma,

a solidão acaba como acaba o deserto, no mar,

em um mar de amor.


Rafael Monagatti

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Passos na areia


confio pouco na minha cabeça,

ela só me diz o que aprendeu,

conto mesmo é com os meus passos,

que ninguém ainda entendeu,

sigo no nada infinito,

escrevo o que penso, o que sinto,

e o que os meus passos ensinam,

nunca volto atrás, porque não sei aonde quero chegar,

nunca me arrependo,

porque não sei se existe o certo e o errado,

deixo as coisas mais importantes de lado,

porque? sou uma estrela pra pouca constelação,

eu também provei do veneno da serpente,

e ouvi dizer "leite quente doí o dente",

mas pra onde ir, sem tentar, sem fingir,

fugir é só uma das escolhas no combate,

o que não se pode é ficar paralisado de medo,

continuo meus passos, e não olho para trás,

pois certamente eles não estariam mais lá,

o que a nossa vida é?

pegadas na areia, que uma simples brisa pode apagar.


Rafael Monagatti

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Castelos, principes e princesas


sempre que eu lia sobre contos de fadas,

não entendia nada sobre o amor,

em ser felizes para sempre,

não compreendia a beleza de uma noite,

o caminho para a fonte da felicidade plena,

já tinha lido sobre bruxas e feitiços,

príncipes e castelos.

mas nunca havia entendido que você é princesa,

quero ser cavaleiro, com armadura, espada e escudo,

para defender teu reino,

e em uma noite de luar esplendoroso provar o meu valor,

e na luta com o temor mostrar ao teu rei o meu amor.


Rafael Monagatti

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Eutanasia


O que você sente

quando o descontrole da mente,

ocasiona o profundo,

do profundo consciente,

o que fazer, quando se parte uma estrela,

e o complexo na alma,

faz você quebrar a corrente que você fez,

libertou o obscuro, no elo fraco que tem,

o lado ruim quer pedir sempre mais,

só que você não sabe dizer não as tentações,

e na luta com você,

você acaba com tudo o que quer,

o fundo do abismo, da floresta de pedra,

a vida sente dissolver,

onipresente no leito ou na frente do espelho,

sente o reflexo, de quem te fez,

e nessa hora releva e pensa,

que no minuto seguinte, não vale nada,

suas palavras são grãos de areia soltos,

na tempestade de lágrimas,

e realmente entende que esta no fundo do lodo,

do profundo do ser,

que nem sabe o que quer ser,

e não para de reclamar na vida,

da vida que leva, enquanto a vida te leva,

o que se sente,

quando o descontrole da mente,

ocasiona o profundo,

do profundo do ser.


Rafael Monagatti

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Feixe de luz


quando no absinto da escuridão minha'lma vagava,

de subto um novo despertar de consciência veio a mim,

pude notar um feixe de luz, e como a explosão de sentidos,

jogou luz no atro da minha mente,

com brilho intenso,

renovou uma esperança sedenta em melhorias,

trazendo a tona a visão do cego,

mostrando luz do mundo e um amor incondicional,

e como mariposa, enfeitiçado fui a tua luz,

e queimo desde o então as asas,

para me manter próximo ao teu calor,

por a luz que ofusca a minha retina,

não me impede de te ver.


Rafael Monagatti

Pensamentos que me aflingem


pensamentos buscam a sua presença,
mesmo que eu não queira,
mesmo antes de dormir,
fixo-me em você,
porque?
já que a partida foi escolha própria,
não sei que obra se fará meus dias,
nem quanto tempo ainda há por vir,
mas a escolha me diz algo,
que por mais que perca,sempre há o que perder.
Rafael Monagatti

domingo, 4 de julho de 2010

Caminhos


eu tinha um caminho,

focava-me nele, senhor,

porque me desvirtuo?

porque ajo com tanta incongruência?

queria apenas seguir enfrente,

queria ser o ninho o passarinheiro,

não queria ser a discórdia,

não queria ser a semente do pecado,

não agiria com tanta impaciência,

não faria dos meus passos, pedras no caminho,

não veria o meu poente em desatino,

não teria o dia do amanhã,

vendo meus sonhos em troca de nada,

vendo meus dias por um mero prazer,

busco uma luz em ribalta,

para ser ator no drama da vida,

eu tinha um caminho,

focava-me nele,

eu tinha uma luz,

mas ela se apagou.


Rafael Monagatti

quinta-feira, 1 de julho de 2010

O ultimo verso


O ultimo verso, o ultimo.

a ultima chance, a ultima,

a única verdade, dissimula,

me esconde atrás do papel,

a face do véu,

o sonho, olhos fechados,

marcados,

como gado de corte, suporte,

a distancia da alma, acalma,

serena, soberba, despreza,

a única coisa que é certa,

o ultimo verso, o ultimo.


Rafael Monagatti

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Meia Noite


meia noite marca o tempo,

o cálice de fogo, o seu tormento,

marca a sua vida,

a dor da despedida,

marca o selo,

seu lamento, passa o tempo,

o ninho do passarinheiro,

que dia a vida leva?

a noite insiste em chegar,

marca o beijo frio que a morte quer dar,

e no momento seguinte marca a lapide jaz,

aqui só tem lamente,

aqui só tem solidão,

meia noite,

marca o esquecimento,

na cama de cimento,

no telhado de mármore,

marca a oração do padre,,

a cruz marca o local,

onde a alma é nau,

a deriva no rio do barqueiro,

marca o cheiro a decomposição de sonhos,

e a meia noite me vejo morto,

marcando os dias pra viver,

vivendo a espera da hora marcada.


Rafael Monagatti

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Homem só



saudades sufoca o peito, um soluço entre lágrimas e um choro mudo,


que grita a ama.


provoca ardor nas pálpebras e um pranto involuntário,


em instantes de melancolia só compartilho uma dor surda,


que aumenta a sensação do vazio em minha alma e a inoperancia em meus sentidos,


com rios de sentimentos navego rumo ao nada me perdendo em cada palavra,


num labirinto de sons onde a luz do seu olhar já não brilha mais,


me remeto ao escuro do meu ser onde me conheço bem e nele alimento-me


de esperança e medo de vontade e fúria,


na sapiência do destino escolho um caminho e nele vejo o fim,


uma dor fugaz, de um homem só em um mundo só.


assim vivo, entre dias de extrema tristeza e sorrisos lúdicos,


e faço da tristeza lugar de contento, e passo minha saudade assim,


lembrando de como foi doce um dia...





Rafael Monagatti

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Arvore da vida


fruto da árvore da vida maduro seca a boca,

aflige os meus anseios faz morada nos meus pensamentos,

desloca a fulgura do peito, invade na noite o abrigo do meu travesseiro,

assola o vazio deixando saudades do que um dia poderia viver,

sem lágrimas se despede, sem beijos deixa lamurias,

do alto de desejos sólidos, cruzando abismos reais. sociedade,

sem ter conceitos a seguir, controlando o destino da carne,

querendo e como eu quero mostrar que meus sonhos são concretos,

não me vejo beijando seus lábios, muito embora sonhe com tal,

será o fruto da árvore da vida?

será vontade de um viver?

digo que vejo em seus olhos o quanto podemos crescer,

quero ser aprendiz enquanto te ensino o que sei,

quero te fazer feliz, me deixe tentar uma vez?


Rafael Monagatti

Aqueronte


verdes pastos que percorro agora,

traz a mim a fugida recordação de paz,

traz a breve sensação de um sonho vivido,

busco dentre as flores deste verde campo um botão que ainda não floresce,

um arbitrário lírio doce, um cálice para matar a sede desse peito,

corro entre a relva, entre as frias gotas de orvalho,

corro pelos campos eliseos, minha alma um santuário,

e chego onde não há dia, não há noite,

onde não quem me esconde,

chego aos pés de Deus...


Rafael Monagatti

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Amor


vivo na dor constante da desconfiança,

na esperança perdida do amor,

sobre o retrato de uma vida sem adeus e sem despedida,

sem jamais partir,

parto um coração na constante volta,

volta sempre por louvar e louvo o carinho que me dá,

vivo para um tentar, tento sempre ainda mais,

mais poemas para você,

quero o sorriso no arco íris e as covas do teu rosto,

por ser forte te admiro e chamo você de amor.


Rafael Monagatti

terça-feira, 18 de maio de 2010

Carta de um suicida


despeço me aqui da vida, da maneira sofrida de ser,

da mentira banida, da fulgura distante da dor,

parto aqui sem deixar saudades, pois nada fiz para merecer apego,

não sorri um amor, não plantei sentimento, não corri para a sorte,

daqui olho o passado inalterado, os passos na areia apagado,

uma historia sem final feliz, vejo o que fiz e não foi muito,

nenhum tumulto, aqui no sepulcro sujo me encontro,

talvez o grande ato da vida o suicídio, o meu martírio findado,

me tornando finado não maculo meus lábios de desejos e pecados,

e o coração em pedaços de um viver sem razão.


Rafael Monagatti

domingo, 16 de maio de 2010

Dalva de vênus


luz apagada em vida, dia de pouco calor,

orgulho ferido em chamas, peito afogado em dor,

estrela que brilha sem força, calor do poente inverno,

som sem fúria te nego, nego sentir o furor,

segue a dalva de vênus, brilho tão falsa emoção,

comove toda a plateia sua lágrima caída no chão,

luz da ribalta apagada, mera faisca sem combustão,

chama sem força fornalha, vida sem nenhuma razão,

põe pelo fio da meada, jura pelo seu coração,

sol do inferno profundo, lágrima caída no chão.


Rafael Monagatti

domingo, 9 de maio de 2010

Um anjo do senhor


senhor perdoe esse seu servo,
por apaixonaste por um anjo,
e nos seus olhos castanhos mel,
encontraste o jubilo de viver,
por ver o poder que tem sua luz,
e na imensidão do seu sorriso,
ver que simples são os teus designos,
por haver alimentado minha alma de esperanças tolas,
de um beijo subir ao céu,

perdoe senhor por amar o anjo de cabelos finos,
finos como o fio da vida,
de mão afáveis como a luz do sol,
de ser egoísta no meu querer,
e querer a boca desse anjo para beijar,
e os ombros para chorar,
puna me senhor, com o trovão da tua voz,
e o com o relâmpago do seu olhar,
porque esse ousou amar um anjo na terra.

Rafael Monagatti

Agua


agua que brinco e brinca escorre na nuca e na sola dos pés,

agua o liquido a vida que lava a ferida que não que fechar,

agua que corre nos rios, que molha as praças, desagua no mar,

agua dos sonhos remotos,

dos maremotos que vem assolar,

agua do santo diluvio, das ondas gigantes que pairam no ar,

escorre na veia o liquido vermelho que me faz chorar,

o sangue que é purpura de ti é formado eu quero provar,

agua que lava a alma que cai e me acalma me leva a pensar,

agua que entra em meu corpo ou bebo com gosto não dá para explicar,

agua que mata a sede, o povo na seca, todo mundo virar,

agua o liquido a vida que lava a ferida também vai acabar.


Rafael Monagatti

domingo, 2 de maio de 2010

O vento


queria saber ser livre,

e como o vento correr o mundo,

o vento que varre o pecado,

o vento que limpa o imundo,

ventaria na copa das árvores,

ventaria nas águas do mar,

queria saber ser vento,

e no fim da noite,

uivar no alto monte,

uivaria para a lua,

uivaria para sempre,

se livre eu fosse,

e balançaria os cabelos teus,

como o vento já o faz,

pois o vento que toca tua face,

é o mesmo que enxuga minhas lágrimas,

porque choro em estar preso,

invejando a liberdade do vento.


Rafael Monagatti

Sonhos


sonhos que deixam saudades, sonhos que sonham as vidas,
dizem o que devo fazer, dizem o que devo sentir,
sonhos que deixo agora, sonhos que vivem sozinhos,
penso o que eu quero, reflito o que sinto,
deixo os dias guiarem, deixo os dias seguirem,
passo não sei uma rua, digo não sei o seu nome,
amo o preço da vida, vivo o peso de um sonho,
e sonho que possa ser minha, sonho em um só passado,
dura as penas são duras,
palavras desgastão o presente, presente de um sonho triste,
e sonho em deixar a saudade, sonho em sair da solidão,
sonho porque assim vive o homem,
sonho porque ainda tenho coração.

Rafael Monagatti

terça-feira, 20 de abril de 2010

aromas


porque na primeira lembrança sua,
exala esse aroma de saudades,
e de recordações me apego,
querendo correr o risco da sorte,
e ter a sorte de ser o que sou,
mas como as lembranças te pegam no escuro,
me refugio no escuro da minha mente,
onde as lembranças se fazem presentes,
como são presentes as palavras da tua boca,
me repreendo de todos,
me exilo do meu amor,
luto contra recordações do que não vivi,
luto contra sonhos que podem virar agua parada,
porque a cada lembrança sua.
exala o aroma de saudades.

Rafael Monagatti

domingo, 18 de abril de 2010

Guerra celeste


foi na guerra celeste que inventaram o bem e o mal,
do fruto da árvore proibida, que se fez o temporal,
disseste para o homem, não fazei,
despertai a sua curiosidade,
para no dia seguinte criaste o diluvio que inundará a cidade,
caminhou pelo deserto, comeu areia e terra,
assim como do barro fora criado,
no elevador para o céu, a discórdia desde derramado,
falou de amor com ódio,
falou de amor com dor,
educaste teus filhos para se opor ao senhor,
o planeta de tão maltratado,
com o homem fazendo o que quer,
pensamos que somos mais fortes que a mãe natureza,
mas viemos do barro e retornaremos ao pó.

Rafael Monagatti

o barqueiro


na poesia da vida a morte é a estrofe final,
na herança da despedida, a pétala caída o espinho do mortal,
a vida segue para todos, o fim do verso imortal,
afinal é poesia dita, pintada e colorida de azul,
refletida nesse mar de céu,
vestida de vermelho purpura, me encontra em qualquer lugar,
seja em meio a alegria sua hora vai chegar,
a vida é poesia sopro, em um breve triunfar,
a cada nova inspiração, uma gota vai pingar,
na ampulheta do destino o humano e seu penar,
quando lá no fim dos dias, as lembranças irá deixar,
o barqueiro meu amigo,
diga pra onde minha alma vai levar,
onde em verdes pastos cresce a rosa no espinho me furar,
diga meu amigo, diga,
nesse rio de navegar, para um destino eterno,
o segredo eu vou buscar.

Rafael Monagatti