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terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Necro-Poema


flores, sinto o cheiro de flores,
sufocando meu peito com esse doce aroma,
na pálida cor de meu rosto, vejo teu peso,
e quão dura a tua chegada na gelida cama que me destina,
a morada de sonhos incompletos,
sou o humano em seu penar,
na prova plena de tua força,
na altivez da luz fosca,
onde a minha âmbar não mais brilhará,
flores carrego sobre o meu peito,
onde se faz impossível a respiração,
por razões sórdidas me encontro aqui,vida,
pequena fagulha extinta nesse mármore,
repleta de lavas e musgo,
o cheiro das flores cessou,
restou apenas o fedido odor de podre,
que exala desse objeto inanimado chamado corpo,
decomposto pela solidão,
degenerado pelo tempo e esquecido em um frio sepulcro,
e ainda assim lembro-me das flores de minha vida.


Rafael Monagatti

8 comentários:

  1. uma lembrança funesta de dias que escoaram, que dantes eram felizes e agora mórbidos. muito rico este lado poético. versos muito bem escritos.

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  2. Que lindo...tem toda uma descrição funebre.

    To tome cuidado com a estetica, que é super importante num poema.

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  3. Inspirador, mostrando a dura realidade do fim, uma poesia que ressalta os aspectos da morte e da decomposição, muito bom mesmo.

    http://intercon-x.blogspot.com/

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  4. desejo antecipadamente feliz natal e um otimo ano novo, estou saindo de férias, mas vou tirar muitos momentos para ler vc. abraços.

    http://terza-rima.blogspot.com/

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  5. e´ mesmo todos nos vamos morrer e temos que aproveitar a vida e os cheiros das flores em quando podemos se não vamos morrer sem ter aproveitado a vida...

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