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segunda-feira, 31 de maio de 2010

Arvore da vida


fruto da árvore da vida maduro seca a boca,

aflige os meus anseios faz morada nos meus pensamentos,

desloca a fulgura do peito, invade na noite o abrigo do meu travesseiro,

assola o vazio deixando saudades do que um dia poderia viver,

sem lágrimas se despede, sem beijos deixa lamurias,

do alto de desejos sólidos, cruzando abismos reais. sociedade,

sem ter conceitos a seguir, controlando o destino da carne,

querendo e como eu quero mostrar que meus sonhos são concretos,

não me vejo beijando seus lábios, muito embora sonhe com tal,

será o fruto da árvore da vida?

será vontade de um viver?

digo que vejo em seus olhos o quanto podemos crescer,

quero ser aprendiz enquanto te ensino o que sei,

quero te fazer feliz, me deixe tentar uma vez?


Rafael Monagatti

Aqueronte


verdes pastos que percorro agora,

traz a mim a fugida recordação de paz,

traz a breve sensação de um sonho vivido,

busco dentre as flores deste verde campo um botão que ainda não floresce,

um arbitrário lírio doce, um cálice para matar a sede desse peito,

corro entre a relva, entre as frias gotas de orvalho,

corro pelos campos eliseos, minha alma um santuário,

e chego onde não há dia, não há noite,

onde não quem me esconde,

chego aos pés de Deus...


Rafael Monagatti

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Amor


vivo na dor constante da desconfiança,

na esperança perdida do amor,

sobre o retrato de uma vida sem adeus e sem despedida,

sem jamais partir,

parto um coração na constante volta,

volta sempre por louvar e louvo o carinho que me dá,

vivo para um tentar, tento sempre ainda mais,

mais poemas para você,

quero o sorriso no arco íris e as covas do teu rosto,

por ser forte te admiro e chamo você de amor.


Rafael Monagatti

terça-feira, 18 de maio de 2010

Carta de um suicida


despeço me aqui da vida, da maneira sofrida de ser,

da mentira banida, da fulgura distante da dor,

parto aqui sem deixar saudades, pois nada fiz para merecer apego,

não sorri um amor, não plantei sentimento, não corri para a sorte,

daqui olho o passado inalterado, os passos na areia apagado,

uma historia sem final feliz, vejo o que fiz e não foi muito,

nenhum tumulto, aqui no sepulcro sujo me encontro,

talvez o grande ato da vida o suicídio, o meu martírio findado,

me tornando finado não maculo meus lábios de desejos e pecados,

e o coração em pedaços de um viver sem razão.


Rafael Monagatti

domingo, 16 de maio de 2010

Dalva de vênus


luz apagada em vida, dia de pouco calor,

orgulho ferido em chamas, peito afogado em dor,

estrela que brilha sem força, calor do poente inverno,

som sem fúria te nego, nego sentir o furor,

segue a dalva de vênus, brilho tão falsa emoção,

comove toda a plateia sua lágrima caída no chão,

luz da ribalta apagada, mera faisca sem combustão,

chama sem força fornalha, vida sem nenhuma razão,

põe pelo fio da meada, jura pelo seu coração,

sol do inferno profundo, lágrima caída no chão.


Rafael Monagatti

domingo, 9 de maio de 2010

Um anjo do senhor


senhor perdoe esse seu servo,
por apaixonaste por um anjo,
e nos seus olhos castanhos mel,
encontraste o jubilo de viver,
por ver o poder que tem sua luz,
e na imensidão do seu sorriso,
ver que simples são os teus designos,
por haver alimentado minha alma de esperanças tolas,
de um beijo subir ao céu,

perdoe senhor por amar o anjo de cabelos finos,
finos como o fio da vida,
de mão afáveis como a luz do sol,
de ser egoísta no meu querer,
e querer a boca desse anjo para beijar,
e os ombros para chorar,
puna me senhor, com o trovão da tua voz,
e o com o relâmpago do seu olhar,
porque esse ousou amar um anjo na terra.

Rafael Monagatti

Agua


agua que brinco e brinca escorre na nuca e na sola dos pés,

agua o liquido a vida que lava a ferida que não que fechar,

agua que corre nos rios, que molha as praças, desagua no mar,

agua dos sonhos remotos,

dos maremotos que vem assolar,

agua do santo diluvio, das ondas gigantes que pairam no ar,

escorre na veia o liquido vermelho que me faz chorar,

o sangue que é purpura de ti é formado eu quero provar,

agua que lava a alma que cai e me acalma me leva a pensar,

agua que entra em meu corpo ou bebo com gosto não dá para explicar,

agua que mata a sede, o povo na seca, todo mundo virar,

agua o liquido a vida que lava a ferida também vai acabar.


Rafael Monagatti

domingo, 2 de maio de 2010

O vento


queria saber ser livre,

e como o vento correr o mundo,

o vento que varre o pecado,

o vento que limpa o imundo,

ventaria na copa das árvores,

ventaria nas águas do mar,

queria saber ser vento,

e no fim da noite,

uivar no alto monte,

uivaria para a lua,

uivaria para sempre,

se livre eu fosse,

e balançaria os cabelos teus,

como o vento já o faz,

pois o vento que toca tua face,

é o mesmo que enxuga minhas lágrimas,

porque choro em estar preso,

invejando a liberdade do vento.


Rafael Monagatti

Sonhos


sonhos que deixam saudades, sonhos que sonham as vidas,
dizem o que devo fazer, dizem o que devo sentir,
sonhos que deixo agora, sonhos que vivem sozinhos,
penso o que eu quero, reflito o que sinto,
deixo os dias guiarem, deixo os dias seguirem,
passo não sei uma rua, digo não sei o seu nome,
amo o preço da vida, vivo o peso de um sonho,
e sonho que possa ser minha, sonho em um só passado,
dura as penas são duras,
palavras desgastão o presente, presente de um sonho triste,
e sonho em deixar a saudade, sonho em sair da solidão,
sonho porque assim vive o homem,
sonho porque ainda tenho coração.

Rafael Monagatti