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terça-feira, 20 de abril de 2010

aromas


porque na primeira lembrança sua,
exala esse aroma de saudades,
e de recordações me apego,
querendo correr o risco da sorte,
e ter a sorte de ser o que sou,
mas como as lembranças te pegam no escuro,
me refugio no escuro da minha mente,
onde as lembranças se fazem presentes,
como são presentes as palavras da tua boca,
me repreendo de todos,
me exilo do meu amor,
luto contra recordações do que não vivi,
luto contra sonhos que podem virar agua parada,
porque a cada lembrança sua.
exala o aroma de saudades.

Rafael Monagatti

domingo, 18 de abril de 2010

Guerra celeste


foi na guerra celeste que inventaram o bem e o mal,
do fruto da árvore proibida, que se fez o temporal,
disseste para o homem, não fazei,
despertai a sua curiosidade,
para no dia seguinte criaste o diluvio que inundará a cidade,
caminhou pelo deserto, comeu areia e terra,
assim como do barro fora criado,
no elevador para o céu, a discórdia desde derramado,
falou de amor com ódio,
falou de amor com dor,
educaste teus filhos para se opor ao senhor,
o planeta de tão maltratado,
com o homem fazendo o que quer,
pensamos que somos mais fortes que a mãe natureza,
mas viemos do barro e retornaremos ao pó.

Rafael Monagatti

o barqueiro


na poesia da vida a morte é a estrofe final,
na herança da despedida, a pétala caída o espinho do mortal,
a vida segue para todos, o fim do verso imortal,
afinal é poesia dita, pintada e colorida de azul,
refletida nesse mar de céu,
vestida de vermelho purpura, me encontra em qualquer lugar,
seja em meio a alegria sua hora vai chegar,
a vida é poesia sopro, em um breve triunfar,
a cada nova inspiração, uma gota vai pingar,
na ampulheta do destino o humano e seu penar,
quando lá no fim dos dias, as lembranças irá deixar,
o barqueiro meu amigo,
diga pra onde minha alma vai levar,
onde em verdes pastos cresce a rosa no espinho me furar,
diga meu amigo, diga,
nesse rio de navegar, para um destino eterno,
o segredo eu vou buscar.

Rafael Monagatti

o espelho


do outro lado do espelho fica a farsa,
a metamorfose ambulânte do mortal,
a casa de madeira na colina,
a ponta afiada do punhal,
do outro lado do espelho a vontade,
de sair da rotina da moral,
a vontade do humano no universo,
de ir e vir sem se sentir mal,
do outro lado do espelho a vaidade,
de mulheres que aparecem nos jornais,
a moralidade acaba quando surgi,
a chacina em mais um telejornal,
do outro lado do espelho a mentira,
do dia a dia, do bonito, do Brasil,
os homens caçadores de cabeça,
agem nos becos do pais varonil,
do outro lado do espelho a minha cara,
de uma cor que ninguem mais viu,
dilarecerada pelos anos de maldade,
sou mais um filho dessa patria mãe gentil.

Rafael Monagatti