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segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Escolhas


hoje fiz de mim templo de minhas escolhas,
escolhi lutar quando mais fácil era se render,
escolhi vencer quando o provável era perder,
escolhi resistir quando o mais fácil era desistir,

hoje fiz de mim centro do mundo
escolhi sorrir quando tudo era motivo para chorar,
escolhi compartilhar quando o era mais fácil egoísta estar,
escolhi perdoar quando tudo me dizia para odiar,

hoje fiz minhas escolhas e meu livre arbítrio dizia,
seja você na dor ou na alegria,
não odeie o mundo por não lhe dar o que quer
não de desculpas e sim atitudes,

hoje escolhi ser feliz.
escolhi ser o que eu sou sem mentiras para mim,
escolhi ter um pouco mais de amor a mim,
escolhi seguir um caminho sem fim...

hoje fiz da vida minha escolha,
aquela que só você pode fazer.
escolher reclamar ou fazer,
mas não pode se deixar de viver...

Rafael Monagatti

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Doce maldição


a brisa que toca meu rosto,
é a mesma que leva o cheiro do seu sangue...

tenro, doce e quente,
suco de sua vida ainda viva,
meu prato mais apreciado,
sua doce morte em meus braços,
sou dono da noite,
sou caçador na calada,
me escondo atrás de minha capa,
sou praga de um vírus mortal,
sou de um tempo imortal,
gravo-te em minhas narinas,
sigo-te pelas ruas da vida,
sou lenda da antiga transilvana,
sou conde em um castelo em chamas,
não sacio minha sede tão fácil,
me odeio a cada manhã,
a aurora me leva o amanhã,
sou conto,sou mito...
tenho a maldição de Cristo,
sou judas, sou fuga, condenado,
a vagar pelas noites calado,
o vento que trás o teu cheiro,
leva me a você faminto,
sou caça de cabeça cortada,
sou humano de alma degenerada,
sou bicho de presas afiados,
sou vampiro e me convide para entrar em sua casa.

Rafael Monagatti

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Rapida interpretação do dia a dia


outro dia recebi um post do meu amigo André Felipe, falando do começo dele como escritor de letras de rap... bem decidi publicar hoje uma coisa diferente do normal, vou postar uma letra minha de 16/01/2002, quando ainda escrevia rap.

vida, vida insana, perdida nas esquinas das ruas,
nos bares dentro de qualquer copo de álcool,
nas boates conhecidas, mulheres da vida,
que sem outra escolha partem para uma vida sombria,
de muitas fantasias,
esquia-se pela noite como um ser das sombras,
cujo o palco é o céu estrelado,
macabra vida das crianças abandonadas,
que desde o inicio de sua vida são marginalizadas,
cansadas de escutarem frases gravadas,
"fazer o que é a vida que lhes foi dada"
errada, banalizada, quem sabe outra criança favelada,
jogada entre más companhias,
sabe aquele moleque do pipa?
que pela droga corta o pescoço da vadia,
que não contribui com a classe pobre,
que pela vida aprendeu a ser esnobe,
e que infelizmente agora depende da sorte,
guiada pelo dedo do menino pobre,
que tentando a sorte, foi buscar a senha do cofre,
mais uma cena de vida,
outro pobre tomando tiro da policia,
que foi criada pela cadela rica,
pra controle de população e estatística,
nossa vida é um numero e nada mais,
detenção ou velório tanto faz,
voraz, sistema pensa que é Deus,
se encontrar a rota é adeus,
"Deus cria a rota mata"
é mais ou menos assim a frase que já foi falada,
ladrão bom é ladrão morto,
feio esperto e bem disposto,
culpa de um sistema que não dá conforto,
é barraco na margem do rio e agua de esgoto,
no morumbi é mansão e corrente de ouro no pescoço,
pra detento o boy já ta no osso,
desgosto é a mãe visitando na detenção,
são lágrimas caindo no chão,
culpa de uma vida bandida, se, regalias,
falta de educação pra periferia,
rotina sofrida de uma vida de dia a dia.

Rafael Monagatti

parece estranho comparado com meus outros textos mais esse retrata o dia a dia das grandes cidades que achei interessante levar essa visãopra o blog... obrigado e comentem

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Esforços


subi o cume mais alto,
para essa rosa colher,
mais fui perfurado com o espinho,
que fez me coração padecer,

desbravei as matas mais densas,
para o seu jardim florescer,
mas amar é uma crença,
que faz o desejo viver,

percorri os desertos mais áridos,
para a sua flor não morrer,
com meu suor regava teu canto,
com meu pranto ate o alvorecer,

tentei ser a terra que abraça,
para o teu amor florescer,
mais minha terra não tem graça,
fiz teu coração padecer,

subi o cume mais alto,
com a intenção de me moldar a você,
mais o meu esforço é em vão,
diabos como eu pude viver...

Rafael Monagatti

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Cronos


não sei se é o tempo que não para,
ou são as pessoas que param no tempo,
do alto do processo da linha evolutiva,
já sou ultrapassado,
as palavras que se formam em minha mente,
já foram esquecidas,
o tempo age contra mim,
já não tenho mais as mesmas certezas,
as que tinha antes de conhecer os problemas,
mais tudo é incertezas, já que não sei o tempo que virá
só o tempo ensina, mas ensina o que?
se todos os dias aprendemos?
o que aprendemos a tempos atrás, já não existe mais?
será que as pessoas param no tempo?
ou melhor, o que é o tempo?
já que todos os dias o sol nasce e morre,
pode fazer frio no domingo e calor na segunda.
independente do dia as horas do dia são as mesmas,
o tempo é invenção do homem,
para marcar a rotina que suas vidas se tornaram,
já que a cada dia é o ultimo dia de sua vida,
e o que é a vida, a não ser o ultimo dia de sua existência?
o tempo não existe se não nos tornarmos prisioneiros de sua face escura
a sua existência não depende do relógio,
nem dos anos que se passaram,
seu tempo dura até dia que você não ver o sol nascer.

Rafael Monagatti

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

A LEI


Todo homem tem direito
de pensar o que quiser
Todo homem tem direito
de amar a quem quiser
Todo homem tem direito
de viver como quiser
Todo homem tem direito
de morrer quando quiser

Direito de viver
viajar sem passaporte
Direito de pensar
de dizer e de escrever
Direito de viver pela sua própria lei
Direito de pensar de dizer e de escrever
Direito de amar,
Como e com quem ele quiser

A lei do forte
Essa é a nossa lei e a alegria do mundo
Faz o que tu queres ah de ser tudo da lei
Fazes isso e nenhum outro dirá não
Pois não existe Deus se não o homem
Todo o homem tem o direito de viver a não ser pela sua própria lei
Da maneira que ele quer viver
De trabalhar como quiser e quando quiser
De brincar como quiser
Todo homem tem direito de descansar como quiser
De morrer como quiser
O homem tem direito de amar como ele quiser
De beber o que ele quiser
De viver aonde quiser
De mover-se pela face do planeta livremente sem passaportes
Porque o planeta é dele, o planeta é nosso.
O homem tem direito de pensar o que ele quiser, de escrever o que ele quiser.
De desenhar, de pintar, de cantar, de compor o que ele quiser
Todo homem tem o direito de vestir-se da maneira que ele quiser
O homem tem o direito de amar como ele quiser, tomai vossa sede de amor, como quiseres e com quem quiseres
Há de ser tudo da lei
E o homem tem direito de matar todos aqueles que contrariarem a esses direitos
O amor é a lei, mas amor sob vontade
Os escravos servirão
Viva a sociedade alternativa
Viva Viva

Direito de viver, viajar sem passaporte
Direito de pensar de dizer e de escrever
Direito de viver pela sua própria lei
Direito de pensar de dizer e de escrever
Direito de amar, como e com quem ele quiser

Todo homem tem direito
de pensar o que quiser
Todo homem tem direito
de amar a quem quiser
Todo homem tem direito
de viver como quiser
Todo homem tem direito
de morrer quando quiser

Raul Seixas

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Denso Nevoeiro


Sigo meus passos em denso nevoeiro.
e tenso é o caminho por onde piso,
tão estreita a fobia do querer,
e tão tenra essa loucura,
sigo meus passos por um caminho estreito,
e nele corro riscos desmedidos,
a fronteira do prazer e o vicio,
na ponta acesa de uma vela,
esta que ilumina,
o campo escuro da minha mente,
ela que faz do poeta ser decadente,
que me empurra para a solidão,
que me mostra,
que sem saídas não tem direção,
sigo meus passos sobre pedras,
e bolhas de sangue formam-se em meus pés,
que descalço piso nesse estreito extremo,
entre a loucura e a sanidade,
entre o prazer e o vicio,
sigo meus dias nesse denso nevoeiro,
e me perco num labirinto,
onde eu sou o Minotauro,
onde me devoro entre tragadas,
onde desfalece o meu sorriso,
onde o nevoeiro me aponta o abismo,
onde minha loucura é desmedido,
e nela não encontro razão de vida,
esse grito que atordoa a minha garganta,
mostra a fronteira que não vou cruzar,
entre a sanidade e a loucura,
entre o prazer e o vicio,
e vivo assim nesse denso nevoeiro,
cercados de criaturas moribundas,
sem alma,
sem calma,
sem voz,
mudas, que nunca mudam,
que me empurram para onde minha alma for,
seja por qual motivo for,
vou vivendo assim, nesse negro nevoeiro,
cego por um extremo e fadado a viver do vicio,
das palavras...

Rafael Monagatti

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Declaração de amor


brilha luz do sol e aqueça minha alma,
faça dela morada de mil gaivotas,
me reverencie tal qual um totem,
me destrone tal qual um servo,
me devore de desejo na fria madrugada,
tire-me o sono com suas palavras,
brilhe meu sol e aqueça meu dia,
com seu sorriso de estrela a iluminar cada esquina,
põe seu poente no meu crescente,
e me ame intensamente,
sou seu sol em luar inebriado,
embriagado por doses de desejo,
flores em verso e prosa,
em rosa de entardecer nas montanhas,
seja guia em meu horizonte,
me navegue pelo mar de seus beijos,
de vontade sou formado,
e de ti sou escravo...
brilhe em mim sol de minha paixão,
Paty é pra ti meu coração.

Rafael Monagatti