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sábado, 29 de outubro de 2011

Passional


limpou o sangue da face,
nela a estampa viva de um crime,
viveu por amor, morreu por amor,
e por ele matou.
sua imagem desfalecida já não era não linda,
não havia na sua face o sorriso que o encantará,
não havia em sua boca a fala que o agoniara,
apenas havia a estampa viva de uma morte rápida,
degolada.
foi assim que o amor morreu e matou,
por ciumes, passional.
apenas limpou o sangue da face,
e ali ficou paralisado,
pensando no crime que havia cometido,
na agonia que havia terminado,
amor, este nunca vem com paz,
este sempre vem com dor,
ele pega a mesma arma,
a faca que ela tanto cozinhou,
e em um golpe rápido a agonia terminou.
não havia mais a dor em sua face,
não havia mais em sua boca a voz,
apenas havia a estampa serenidade,
de quem cometeu um crime por amor.

Rafael Monagatti

domingo, 2 de outubro de 2011

H I P Ó C R I T A S


Hipócritas me deixem viver,
deixem eu e os meus vícios,
meus maus a mim,
hipócritas de valores distorcidos,
deixem-me viver a minha morte em paz,
minha sepultura, meu aqui jaz,
hipócritas em seus dizeres,
em suas negações,
em se perder nos próprios sermões.
sua hipocrisia me machuca,
causa mais dolo que meus vícios noturnos,
me causam mais mau que meus absurdos,
tenho neles um refugio,
uma fuga para suas calunias,
um canto para minha alma.
nesse obscuro caminho sigo,
um caminho que somente a mim faz mal,
um caminho que é apenas meu,
hipócritas me esqueçam,
deixem morrer a minha vida em paz,
tirem-me de suas capas de jornais,
quero deixar de ser noticia,
sátira para sua hipocrisia tosca,
falar do outro como se fosse de si,
hipócritas deixem meus vícios,
meus caminhos sombrios,
o mal a mim,
hipócritas deixem eu viver a minha morte em paz.

Rafael Monagatti