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sábado, 27 de novembro de 2010

outrora


vagas lembranças de outrora,
vagas lembranças de tempos,
onde tudo era por fim,
onde não havia tormento,

onde deitava minha'lma
onde havia sossego,
vaga agora minha paz,
vaga sozinha em meu peito,

choro por não ter mais um dia,
choro por não ter conserto,
sem mais um sorriso,
apenas o sucinto momento,

continuo vagando entre os mundos,
mudo,na dor de minha'lma,
continuo por haver esperança,
já que a vida não se acaba.

Rafael Monagatti

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Mascaras


todos temos algo escondido,
escondemos de nós, o verdadeiro eu,
sob a mascara do cotidiano,
pensamos ser melhores que os demais,

escondemos a nossa premissa de vaidade,
o nosso orgulho ferido de sermos medíocres,
sob a face de alegria escondemos a dor,
o fúria entre sorrisos, tolices,

temos mascaras de diversas formas,
retratadas em formas de sentimento.
temos o ciume e a obsessão,
enfeitados sob o nome de amor,

mascaras que nos faz viver,
mascaras que nos protegem de nós,
somos feitos de sentimentos,
somos feitos para fingir,

não fingimento falso,
aquele só tende a enganar,
o fingir de guerrilha,
criado para sobreviver.

Rafael Monagatti

domingo, 21 de novembro de 2010

eu morri


foi em uma quinta-feira,
onde crianças brincavam na praia,
foi em um dia frio de denso nevoeiro,
onde minha alma vagava sem lar,

morri por não viver em paz,
morri por não ver a calma,
morri por que morro todo dia,
morri de respirar a liberdade,

não vejo mais as crianças brincando,
não tenho mais um fio de esperança,
meus sonhos, pobres sonhos,
de minha alma achar um lar,

quero respirar a liberdade,
quero desarmar meu coração,
mais um suicida dentro de mim,
me atira para a escuridão,

quero descansar nesse meu coração,
nesse sepulcro frio de denso nevoeiro,
onde apodrecem meus sonhos,
onde eu morro em pensamento...

Rafael Monagatti

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Furacão


busco atar minhas ações com emoções,
busco andar de acordo com teus acordos,
cansei de andar buscando os olhos alheios,
cansei de buscar a luz de seu caminho,

penso em fazer na minha vida tempestade,
porque de calmaria minha alma farta esta,
quero ser tempestade de desejos,
para seu coração que é puro e ingénuo,

busco ser recordações em noites insones,
busco ser um tiro certo na maçã do amor,
mas cansei de errar o alvo do destino,
cansei de buscar teus olhos em uma luz alheia,

penso em fazer meus dias furacão,
porque de força e fúria sou formado,
quero ser furacão em meio a humanidade,
para seu coração que não tem mais esperança.

busco ser aurora para manhãs de tristes sonhos,
busco ser o brilho para olhares sem perspectiva,
cansei que a pedra a ladrilhar o seu caminho,
cansei de ser pisado por teus pés descalços,

penso em me atirar para longe dos teus braços,
porque me sinto sufocado em teu peito,
quero ser elemento da natureza má,
para varrer em ventos toda sua pureza.

Rafael Monagatti

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

células de pensar


seca-se o mar, a saliva da boca seca,
os olhos seguem rumo ao nada,
vira-me a cabeça em desatino ao meu querer,
um querer insólito e nebuloso,
uma fulgura para minha vista,
um dia para minha vida,
continuo parado onde tudo não passa,
onde vejo meus ossos num espelho d'agua,
onde seus olhos não me alcançam,
fujo da sua sombra e de tua não,
fujo para onde não possam me alvejar,
corro em disparada rumo a colina verde,
para me atirar no penhasco de minha'lma,
seca a saliva, em temor do que vem,
sou o vicio de milhões de células,
sou a resposta para a pergunta inexistente,
sou a colheita, sou a lavoura, sou a praga,
por isso fujo, para onde não me vejam chorar,
onde nem as águas da chuva podem me alcançar,
corro ate a colina verde onde virão me sepultar,
por que sou o vicio de milhões de células de pensar.

Rafael Monagatti

domingo, 14 de novembro de 2010

a minha eternidade são os ouvidos


A eternidade é diretamente ligada a historia,
a escrita faz parte do homem,
mas só vale enquanto houver a humanidade,
ou enquanto as pessoas lembrarem seus passos,
é o passado que não passa,
é o presente que não se acaba,
é um sonho, é um mito,
que vague pelo mundo minha'alma se estou mentindo,
posso não ser a perfeição,
mas entendi que o corpo é ilusão.

Rafael Monagatti

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

egocentrismo


eu quis ser uma luz em meio a escuridão,
descobri que meu brilho já não tinha a mesma força,
para iluminar o quarto escuro da minha cabeça,
eu que me achei uma gota em meio ao oceano,
descobri que não passo de uma gota de orvalho,
caída das folhas de uma planta qualquer,
eu quis ser um diamante,
descobri que sou apenas um cristal,caído e quebrado,
aqui trancado dentre quatro paredes,
quatro paredes do inconsciente,
não consigo mais sentir o cheiro das flores,
das flores que moram no jardim,
no jardim da minha mente,
inconsequentemente deixo a vida fluir e me destinar,
ao destino inevitável do meu ser,
aprendi com minha escuridão,
que os fantasmas da mente te carregam pelos ares,
te mostram que a fronteira do abismo esta a cada
respiração mais perto.
como posso esperar do amanhã se é no hoje que tudo acontece?
eu quis ser uma luz na escuridão, que apagou-se,
e talvez não brilhe mais...

Rafael Monagatti

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Erros


não eu não te culpo,
a infelicidade eu assumo,
só estou colhendo o que plantei,
sozinho eu entendo, enxergo meus próprios erros,
mais é tão comum errar,
e é por isso que me sinto assim,
com meus erros aprendi,
e com eles eu perdi,
um pedaço que não vai mais se juntar,
pode ser que sim, que vai me perdoar,
pelo que fiz a você,
as mentiras que inventei,
o que nunca aconteceu,
as verdades que omiti, daquilo que se escondeu,
é o seu retrato que não sai da cabeceira,
e minhas lágrimas molham quando me ponho a lembrar,
dos planos que sozinho tracei,
e mais uma vez eu errei por me lembrar,
acho que foi isso, e por tanto te amar,
mas com o orgulho não podia declarar,
que quase sempre estou errado,
mas não foi assim que agi no tempo,
agora vejo como estou sofrendo,
com meus erros aprendi até demais,
que nem tudo posso corrigir,
que existe uma vez...
aceito os meus erros em um pouco mais,
só não se culpe por mim.

Rafael Monagatti