
Sigo meus passos em denso nevoeiro.
e tenso é o caminho por onde piso,
tão estreita a fobia do querer,
e tão tenra essa loucura,
sigo meus passos por um caminho estreito,
e nele corro riscos desmedidos,
a fronteira do prazer e o vicio,
na ponta acesa de uma vela,
esta que ilumina,
o campo escuro da minha mente,
ela que faz do poeta ser decadente,
que me empurra para a solidão,
que me mostra,
que sem saídas não tem direção,
sigo meus passos sobre pedras,
e bolhas de sangue formam-se em meus pés,
que descalço piso nesse estreito extremo,
entre a loucura e a sanidade,
entre o prazer e o vicio,
sigo meus dias nesse denso nevoeiro,
e me perco num labirinto,
onde eu sou o Minotauro,
onde me devoro entre tragadas,
onde desfalece o meu sorriso,
onde o nevoeiro me aponta o abismo,
onde minha loucura é desmedido,
e nela não encontro razão de vida,
esse grito que atordoa a minha garganta,
mostra a fronteira que não vou cruzar,
entre a sanidade e a loucura,
entre o prazer e o vicio,
e vivo assim nesse denso nevoeiro,
cercados de criaturas moribundas,
sem alma,
sem calma,
sem voz,
mudas, que nunca mudam,
que me empurram para onde minha alma for,
seja por qual motivo for,
vou vivendo assim, nesse negro nevoeiro,
cego por um extremo e fadado a viver do vicio,
das palavras...
Rafael Monagatti
nevoiro o que e´
ResponderExcluirUAU, fico sem palavras para comentar decentemente... O vicio das palavras... Acho que dos vícios é o menos amargo, pois ao menos com elas aprendemos a nos defender dos mesmos medos que elas podem trazer. Linda poesia!
ResponderExcluirObrigada pelo comentário lá no Lágrimas! Agradeço de coração por tuas palavras tão verdadeiras ^^
Um abraço,
Laura Ribeiro.
os vicios que tem suas virtudes
ResponderExcluirque te traz um equilíbrio da dependência.
Adorei