
rasga a carne devorando-me as estranhas,
em um rico ritual de sadismo,
aplaudo quem me desdém,
afogando-me no imaculado refugio de minha alma,
onde os dentes não me tocam,
já não faço orgias carnais de pura putrefação,
rasga a garganta frágil que me gorjeá,
planejo a fuga de meus sentidos,
pouco a pouco degustados,
num canibalismo mórbido,
da tua saliva fico enojado,
e desfalece minha vontade de viver,
entre teus braços,
onde meu suplicio torna-se um vicio,
e do meu desejo torno-me vitima,
nessa carnificina chamada amor.
Rafael Monagatti
nossa que legal numca pensei que uma carnificina era assim mas nao sabia que carnificina se chamava amor, bonito poema
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