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segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Pela eternidade


Aqui morada eterna que me guarda,
gelada fria solitária,
com cheiro de flores em decomposição,
meu corpo em estado de putrefação,
aqui teto de mármore coberto,
sozinho, pálido sem afeto,
visita meus ossos não recebem,
meu espírito não sente a brisa leve,
não deixo saudades nem amores,
deixo calafrios de horrores,
na sua presença não choro mais,
nem bate em meu peito um coração,
hoje luto com Thanatos pela minha libertação,
para minha alma vagar,
para um destino eterno quer levar,
mas gosto de minha morada,
daqui vejo os corvos em revoada,
e passo minha eternidade assim,
esperando os outros que eu conheci.

Rafael Monagatti

4 comentários:

  1. corvos em revoada... uau. uma figura poetica que adoro. versos muito bem construidos. parabens meu caro;

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  2. Nossa casa assombrada , corvos, espirito e ossos parece historia de terror é assustador me deu cala frios nao vou dormir essa noite de tanto medo uuuuuuuuuu! que medo kkkkkk vou vazer uma amadilha para espirito. Bonito e assustador o poema.

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  3. Que bela construção poética imortal, cingida nas labaredas de su´alma!
    Parabéns!
    Gostei muito de seu canto...
    já estou seguindo!

    abraços

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  4. poesia forte, densa, profunda!!! que retrata a vida e a morte!!! muitas vezes vivemos e agimos como mortos. nosso corpo é uma sepultura, e em nosso olhar uma lápide!!! Abraços e parabéns pela profunda inspiração!!!

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