
Varre as ruas embusca de almas,
ceifando dos sonhos de podres penadas,
busca os lúdicos e os derrotados,
busca em cantos os pobres calados,
ceifeiro cruel e doce com sua foice,
seu manto negro cobre teu refugio pálido,
com um toque leve, jaz rouba a vida,
com ele alivia a dor de quem agoniza,
ceifador sinistro, de vidas se alimenta,
deixando para os vivos a dor de uma ausência,
podes ser chamado morte ou anjo sem destra,
ceifador macabro minha alma a tua espera,
e quando me chamar, enfim, não responderei,
para um juízo eterno não confiarei,
sem mistérios há descobrir,
ceifador de vidas eu te espero aqui...
Rafael Monagatti
A morte pela qual todos esperamos, muito bom, retratada com uma certa doçura e leveza, fez o cefeiro até parecer um solitario a procura de companhia....."Morte, morte, morte que talvez seja o segredo desta vida"....
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