
lua de sangue,
a sua boca me aclama,
lua sinistra,
seus lábios devoram,
noites sinistras,
os momentos se perdem,
brumas me cercam,
a sua pele incendeia,
em dias de insónia,
a noite me avança,
em lugares macabros,
as tuas presas me alcançam,
rendo-me aos teus olhos,
prendo-me em teus braços,
e em luares sangrentos,
esvai-se minha vida,
e preso em tuas presas,
falta o ar em meu peito,
sacio a tua sede de sangue,
nesses luares sangrentos.
Rafael Monagatti