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segunda-feira, 21 de maio de 2012
Fumaça inebriante
Inebrio-me em meio a tua fumaça,
entre as golfadas de ar de meus pulmões,
tento me ver frente ao espelho,
mas nele me enxergo cortado ao meio,
sem culpa alguma me torno refem,
entre a agonia e o desdem,
fujo de suas entranhas,
me vangloriando em poucas horas,
doce se torna minha tortura,
amarga se faz a minha procura,
e nele vejo o retrato fosco do meu eu,
fingido, iludido sem luz,
apenas a luz ambar do meu querer,
não sei se tenho forças,
as que me faltam para o não,
nem sei se quero te-las,
pois não sei viver longe da escuridão,
sou bicho faminto, anseando por uma presa,
e preso torno-me,
na fumaça que me inebria...
Rafael Monagatti
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